Robert Johnson foi um músico que envolto de mistérios trouxe o inicio de grandes bandas que conhecemos até hoje; dia 08/05/1911 veio ao Mundo o que seria para muitos o filho do demônio, para outros um dos músicos mais talentosos de sua época.
“I Went to the crossroad, fell down on my Knees
Asked the Lord above, “Have Mercy, now, save poor Bob if you please.”
114 anos de Robert Johnson, muitas histórias surgem durante seu período de músico viajante, dentre a elas o famoso pacto que consta em sua Música “Crossroads Blues” para conseguir fama e dinheiro era necessário ir em uma encruzilhada e tocar até receber a visita do “Diabo” ou Legba (Lebá) de acordo com o Vodun que é extremamente forte nas regiões do Mississipi.
Ao assinar o pacto você terá tudo o que deseja, mas não para sempre, sua alma será levada de acordo que estava escrito no contrato.
A morte de Robert Johnson também trouxe mais força sobre a lenda do pacto, mas segundo os relatos históricos, Robert foi envenenado pelo dono do bar após perceber que sua esposa foi seduzida pelo músico naquela noite. Robert foi internado, mas morreu por causa de uma pneumonia que adquiriu no Hospital e faleceu em 16/08/1938 aos 27 anos.
Também deu entrada ao famoso “clube dos 27”, para quem não conhece o termo muitos músicos morreram aos 27 anos após adquiri uma fama absurda, exemplos de músicos como:
- Kurt Cobain
- Jin Morisson
- Janis Joplin
- Amy Winehouse
- Jimi Hendrix
Uma lenda referente a sua morte, quando percebeu que foi envenenado Robert Johnson correu e começou a ouvir barulhos de cães correndo atrás dele e quando encontraram seu corpo seu violão tinha sinais de garras de cães em forma de Cruz.
Sabemos que quando o folclore é muito, acaba virando parte da realidade e mistura com a História original. Relatos de músicos que acompanharam mencionaram que Robert era um músico mediano e que uma certa noite apareceu e começou a tocar violão de forma excelente.
Mas não mostrava sua técnica e sempre tocava de costas para o público causando mais mistérios e aumentando a lenda do famoso pacto.
Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi, com seu violão e uma garrafa de whisky adulterado, quando teria ouvido um bend escandaloso de uma gaita cromada, assim teria se manifestado o diabo. Tomou seu violão, afinou um tom abaixo e o devolveu para Johnson e tocou como toca nas gravações, e fez isso em troca da proeza para tocar guitarra.
Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como “Crossroads Blues“, “Me And The Devil Blues” e “Hellhound On My Trail“. O mito também é descrito no filme de 1986 Crossroads, no episódio 8 da segunda temporada da série Supernatural.
Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 40 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas 2 vezes e suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas e bandas, como Led Zeppelin, Bob Dylan, Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.
Nunca as dificuldades do mundo se transformaram em tamanha poética; nunca o blues atingiu tamanha profundidade emocional. Johnson pegou a intensa solidão, os terrores e o estilo de vida tortuoso que acompanhavam a vida de um afro-americano no Sul durante a Grande Depressão e transformou essa experiência específica e muito pessoal em música de relevância universal e alcance global. “Quer saber o quão bom o blues pode ser?”, perguntou Keith Richards certa vez, respondendo à sua própria pergunta: “Bem, é isso“. Eric Clapton foi mais claro: “Nunca encontrei nada mais profundamente comovente do que Robert Johnson.“
Fonte : https://www.robertjohnsonbluesfoundation.org/
Robert Johnson se tornou uma lenda não pelo pacto, mas como sua música ainda vive depois de tantos anos. Sua herança musical é referência de muitas bandas que tentam manter a chama do Blues acesa.
